sexta-feira, 10 de junho de 2022

Gestão de estoque pelo fornecedor

A gestão de estoque pelo fornecedor é uma atividade que deve ser realizada com eficiência em qualquer negócio, tendo em vista que, por meio dela, é possível aprimorar os processos de distribuição e de compras, tomar decisões acertadas e evitar diversos prejuízos e a insatisfação dos clientes. É uma prática também conhecida como VMI (Vendor Managed Inventory). Trata-se de um acordo criado entre fabricantes e fornecedores com o intuito de controlar os estoques e as informações relacionadas, simplificando a cadeia de abastecimento de produtos, já entendida como um diferencial pela possibilidade de monitoramento remoto e em tempo real. Por ser uma ferramenta inovadora, capaz de contribuir para o aumento da competitividade das empresas, elaboramos este guia completo para explicar melhor como funciona essa prática e seus benefícios. O VMI, estoque gerenciado pelo fornecedor, é um sistema utilizado com o objetivo de otimizar a execução da cadeia de suprimentos, no qual o fornecedor realiza o gerenciamento dos níveis de estoque dos clientes. Nesse caso, ele possui acesso a dados e informações sobre o estoque do cliente (distribuidor ou varejo), tomando todas as decisões relacionadas ao reabastecimento. Dessa forma, o VMI se integra na cadeia de abastecimento com o objetivo de proporcionar uma colaboração eficiente e compartilhar informações entre fornecedor e cliente. Esse serviço possui dois estágios, sobre os quais falaremos melhor a seguir. Primeiro estágio O primeiro estágio, conhecido como VMI, é aquele em que o fornecedor é responsável pela averiguação do nível de estoque, pela solicitação do pedido interno e pelo reabastecimento. Ou seja, ele possui um controle completo do estoque. Nessa etapa, várias ferramentas são usadas como forma de obter dados precisos, que desenvolvem o começo do ciclo do pedido. Por exemplo: • prepostos – em certos casos, os fornecedores contam com prepostos para averiguar o nível de estoque dos clientes; • telemetria – ferramentas de ponta identificam os níveis de estoque, assim, quando determinado número preestabelecido é atingido, alarmes são enviados para que o evento seja comunicado; tem sido uma das preferências devido ao seu custo x benefício e à disponibilização de dados a qualquer hora e de qualquer lugar; • cliente – nessa situação, o próprio cliente controla com frequência o nível de estoque e comunica ao fornecedor a necessidade de reabastecimento. Segundo estágio No segundo estágio, o fornecedor continua sendo o responsável pelo monitoramento do estoque, porém o processo de pedido é integrado e automatizado, englobando fornecedores, clientes e operador logístico. Nesse caso, o fornecedor também pode administrar os pedidos. Quando surge a necessidade de reabastecimento, apontada por meio dos sensores, uma solicitação é feita diretamente pelo software ERP do fornecedor. A etapa de cada pedido pode ser dividida entre fornecedor e cliente. Muitos entendem que grande parte das vantagens do VMI ocorre no segundo estágio, tendo em vista que o fornecedor administra todo o processo de estoque e, no primeiro estágio, ele gerencia apenas o reabastecimento. Para que os setores de logística e Supply Chain façam o melhor aproveitamento possível do VMI, existem algumas estratégias que devem ser adotadas na gestão. Por exemplo, estabelecer de forma efetiva os indicadores e as métricas de visibilidade, já que é necessário que as informações estejam claras para os fornecedores e a própria gestão, para que todos tenham uma comunicação eficaz com o intuito de gerar mais qualidade em todos os processos. Além disso, é necessário buscar auxílio de todos os integrantes envolvidos nas etapas, como funcionários e fornecedores, e também disponibilizar o treinamento de todos os membros da equipe para que compreendam a importância desses mecanismos e as principais práticas para seu bom uso. Outra recomendação é realizar testes para a implementação do VMI. Assim que ele se encontrar em pleno funcionamento, é interessante averiguar os dados proporcionados e solucionar erros que possam ser identificados, já que isso vai colaborar para gerar informações mais precisas e seguras, gerando resultados bastante positivos. A partir dessas ações, você terá um histórico eficaz de todos os períodos em que a companhia tem uma previsão de vendas desejável e, ainda, um cenário externo amplo antes de tomar qualquer decisão junto aos fornecedores. A gestão de estoque pelo fornecedor (VMI) pode gerar diversos benefícios quando bem implementada. Conheça os principais: redução dos níveis de estoque – tendo em vista que as reposições são baseadas em números reais de consumo; aumento de margem e faturamento – devido à minimização da ruptura de estoque e às promoções de itens armazenados em excesso; aprimoramento e qualidade no atendimento – já que, devido a um controle efetivo, é possível ter produtos sempre disponíveis nas prateleiras; excelência operacional – outro benefício é a eficiência dos processos executados na indústria, onde o varejista consegue corrigir as principais falhas encontradas por meio de um bom controle de estoque; otimização do tempo – essa economia propicia ao gestor trabalhar em atividades estratégicas, com foco no desenvolvimento do negócio, considerando que uma tarefa complexa como é o controle de estoque possa ser automatizada; melhora na produtividade do cliente; redução dos custos; minimização das falhas de comunicação; informações adequadas no momento correto; embarques urgentes diminuídos; fidelização dos clientes, entre outros. A cadeia de suprimentos, ou Supply Chain, de um negócio é constituída por todo processo logístico executado entre a compra de matéria-prima até a entrega ao consumidor final. É um ciclo muito relevante, que deve ser aprimorado com frequência, já que sua performance estabelece diretamente a viabilidade de a organização entregar um produto de qualidade dentro do prazo acordado. Para gerar mais eficiência aos processos, é importante contar com as ferramentas disponibilizadas por meio do avanço da tecnologia, como inteligência artificial, machine learning, computação em nuvem, Internet das Coisas e demais, com o intuito de otimizar as tarefas realizadas, além de reduzir o estoque, aumentar a rotatividade, cumprir os prazos de entrega etc. Tudo isso é feito por meio de uma melhor integração entre todos os setores e o gerenciamento efetivo da cadeia de suprimentos. Com a utilização do VMI, o fornecedor consegue ter acesso a informações sobre vendas e movimentação do estoque, assumindo a responsabilidade do reabastecimento. Por meio da análise e do monitoramento desses indicadores, fornecedores e varejistas definem juntos o nível de estoque mais apropriado às características do negócio. Essas projeções são realizadas com fundamento em determinadas referências da cadeia de suprimentos, por exemplo, histórico de vendas, sazonalidade, tendências, situação atual no mercado, entre outras. Isso porque a ferramenta proporciona a eliminação de erros cometidos pelos varejistas na hora do pedido e a correção de brechas e gargalos que possam estar acontecendo no decorrer do processo de gerenciamento de estoque, causando uma série de prejuízos. Então, para que o uso do recurso ocorra de forma adequada, é necessário saber utilizar as tecnologias na cadeia de suprimentos por parte de todos os envolvidos, especialmente o fornecedor. Com isso, o Supply Chain é beneficiado por diversos impactos positivos, tendo em vista as mudanças significativas das empresas que aderem ao uso das ferramentas adequadas às suas demandas. Integração com fornecedores Entre os principais desafios encontrados na gestão da cadeia de suprimentos, está justamente entender quando é preciso repor um produto no estoque, sem que ele se acumule. Afinal, ter um depósito cheio de itens parados não é nada bom, já que, além da quantia aplicada na sua compra, existe um custo recorrente para a sua manutenção. Com o uso do VMI, é possível ter uma integração de informações sobre o estoque aos clientes, conseguindo o acesso dos níveis, ficando a cargo do fornecedor disponibilizar o reabastecimento dos produtos. Automação dos processos Por meio da adoção de tecnologias, é possível tornar os processos automatizados em diversas fases importantes da cadeia de suprimentos. Por exemplo: • averiguação de indicadores de vendas e de estoque; • integração com sistemas usados em outros setores; • análise de entrada e saída de produtos; • agilidade para a elaboração de planejamento e reposição de itens. Controle da cadeia produtiva Por meio de soluções eficientes, é possível analisar de que maneira os processos acontecem na cadeia produtiva e se eles estão gerando os resultados esperados, ou, ainda, se existem falhas que impedem a sua efetividade. Rapidez na execução das tarefas Por meio do VMI, também é possível obter agilidade nos processos internos da cadeia de suprimentos. Isso porque a separação de produtos para serem retirados do estoque e direcionados ao transporte é realizada com rapidez, fruto da facilidade propiciada pelos sistemas desenvolvidos para essa finalidade. Como consequência dessa tendência, os processos ficam muito mais seguros e confiáveis quando se trata de VMI, pois tudo que os fornecedores precisam fazer na gestão de estoque é utilizar as informações coletadas para ampliar a eficiência da tarefa. É um cenário bastante favorável, já que é possível reunir diversos dados em um único local, assegurando a integração dos registros. Não há dúvidas sobre a importância da gestão de estoque pelo fornecedor para a eficácia dos processos, já que entender a quantidade de produtos a serem entregues e o momento correto para realizar o abastecimento, evitando que os itens faltem às prateleiras dos estabelecimentos, e manter todo cuidados necessário para que os produtos sejam entregues nas data definidas são fundamentais para otimizar a disponibilização para diferentes pontos e garantir a satisfação dos clientes. A cadeia de suprimentos é composta de diversas etapas, e manter um monitoramento constante vai permitir a compreensão de quanto tempo é necessário para que cada uma seja executada, tornando possível a implementação de ações para diminuir falhas e rupturas e gerando a entrega de melhores resultados.

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