segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Amor segundo Aristóteles


Aristóteles

Hoje falaremos sobre Philia, ou o amor de amigo, que já descrevemos em outras postagens.
Em Ética a Nicômaco, Aristóteles resolveu categorizar os tipos de amizade, e concluiu que seriam três:

1. Pelo prazer mútuo: O amor pelo que é agradável

É aquela amizade que só existe nos momentos de festa e curtição. Nesse tipo de amizade, as pessoas estão interessadas na busca pelo próprio prazer que é possibilitado pela companhia da outra pessoa. Uma vez que não há mais prazer, a amizade se desfaz. 
2. Por benefício mútuo: O amor pelo que é útil.

Semelhante à anterior, é uma amizade que só dura enquanto houver a perspectiva de se ter algum ganho. É uma relação estratégica para se conseguir alguma forma de vantagem através da outra pessoa. 
Um ponto curioso dessas duas primeiras formas de amizade é que na verdade nossa relação não são com as pessoas em si, mas com os ganhos que elas nos proporcionam. Tanto que essas amizades se desfazem, logo que não se mostrem mais vantajosas.

3. Pela admiração mútua: O amor pelo que é bom

Imagina uma pessoa que não é você, mas você se importa tanto com ela, quanto se importa com vc msm. Para Aristóteles, esse é o nível mais elevado de amizade, pois diferente das outras, não é uma relação só para os bons momentos ou pelos possíveis ganhos. É quando queremos fazer o bem ao outro, sem que seja solicitado, ou que ganhemos crédito por isso.
Não é a toa que amigos de verdade, são raros. 
A amizade verdadeira é exclusiva dos homens virtuosos, pois os “maus” só conseguem se relacionar pelo prazer ou pela utilidade. Só o homem verdadeiramente bom é capaz de desejar o bem para si e para seu amigo em uma relação permanente.

E ah, antes que eu me esqueça, desejar o bem não exclui o prazer e o benefício que uma amizade pode proporcionar, a diferença é que a amizade verdadeira não se limita a isso.

Outro detalhe importante é q Philia demanda por reciprocidade, n basta querer o bem do outro, se ele nao te quer bem.

Aristóteles coloca que a amizade é algo necessário para a felicidade humana, tanto que como diz: "Ninguém escolheria viver sem amigos mesmo se tiver todos os outros bens"

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